DEAMAZÔNIA ITAITUBA, PA - A mineradora canadense Cabral Gold obteve o direito de retirar, por ano, até 100 mil toneladas de ouro da floresta na região do Tapajós, distrito de Cuiu Cuiu, em Itaituba, Estado do Pará.
A Cabral Gold teria descoberto a terceira maior mina de ouro do Brasil no Pará e realiza a exploração, desde 2017, sem nenhum tipo autorização, graças a uma manobra do governo Bolsonaro.
A informação é do site The Intercept Brasil.
A região do Tapajós é considerada a maior província mineral produtora de ouro do Brasil e uma das maiores e mais expressivas províncias minerais do mundo.
A descoberta da mina em Cuiu Cuiu seria a nova corrida do ouro no Brasil, superior a Serra Pelada, Pará (décadas de 70/80).
Segundo o Intercept, a mineradora canadense não possui licenciamento ambiental e a concessão definitiva de lavra no local. A Cabral dispõe apenas de duas guias de Utilização, expedidas pela Agência Nacional de Mineração.
A empresa se beneficiou do ‘projeto boiada’, do ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Sales, que mudou as regras ambientais para exploração do garimpo, baseado na resolução 37 do governo Bolsonaro – um atalho para antecipar projetos de minérios.
“Com a nova resolução, a licença ambiental, que antes era pré-requisito para a emissão da Guia de Utilização, não é mais obrigatória. A manobra também inverteu a ordem das exigências e, agora, as mineradoras primeiro obtêm a autorização da ANM para depois buscarem o aval do órgão ambiental. Ou seja, a agência autoriza a atividade antes mesmo de saber o seu potencial impacto sobre o meio ambiente”, diz o The Intercept.
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