DEAMAZÔNIA PARINTINS, AM - O presidente da Comissão Especial de Reforma da Previdência, deputado federal Marcelo Ramos (PR/AM), revelou durante audiência pública, em Parintins (a 325 quilômetros de Manaus), que é injusta a condenação do ex-presidente Lula, preso em regime fechado na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba (PR). Ramos disse ainda que votou em Ciro Gomes (PDT), no primeiro turno e em Fernando Haddad (PT), no segundo, por que reconhe que o presidente Jair Bolsonaro (PSL), tem um perfil autoritário.
De tabela, deputado ainda critica o ex-juiz da Lava-Jato e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, quando discorda da condenação de Lula. O ex-presidente Lula foi preso no dia 07 de abril, em 2a. instância, no caso do tríplex do Guarujá, a pena de 8 anos, 10 meses e 20 dias de prisão.
“Eu também acho uma injustiça à prisão do Lula. Eu votei em Ciro Gomes no primeiro turno e no Haddad no segundo, por reconhecer que Bolsonaro tem um perfil autoritário”, declarou Marcelo Ramos, em resposta a críticas de um militante do PT, durante debate sobre a reforma da Previdência, no auditório dom Arcangelo Cerqua, em Parintins, na quinta-feira (02/05).
O deputado foi recebido, em Parintins, com protestos, gritos e faixas de professores e trabalhadores rurais. “O que não posso fazer é deixar que minha antipatia pelo governo atrapalhe minha responsabilidade na Comissão”, pontuou o parlamentar.
Durante seu discurso, Marcelo Ramos assegurou que é contra qualquer mudança na aposentadoria de professores, trabalhadores rurais, pescadores, idosos e pessoas com deficiência.
Ainda durante o evento, um professor questionou se o parlamentar havia 'mudado de lado', de ter abandonado a militância esquerdista e o PCdoB. O deputado disparou: “Tem gente que nasce e morre de um jeito, e eu mudei. Minha maneira de ver o mundo mudou”.
Ex-comunista, hoje, Marcelo Ramos diz ser “liberal de centro”. O deputado foi filiado ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB) no período de 2000 a 2010. Em entrevista ao Estadão na semana passada, o deputado disse que fez uma “releitura ideológica”.
CRÍTICAS A PREVIDÊNCIA, DE GUEDES
Em sua fala, para uma plateia que lotava o auditório, em Parintins, Marcelo Ramos criticou o ministro da Economia Paulo Guedes. O deputado disse ser totalmente contrarário a mudança do atual modelo de repartição e sistema solidário da Previdência Social, para um regime de capitalização.
“É assim que quer o ministro [Paulo Guedes], cada um por si, onde o pobre cria uma poupança para guardar o seu e recebe quando tiver uma idade. Como pedir a um trabalhador informal, para um pescador, que guarde dinheiro todo mês pensando no futuro? Se ele fizer isso, ele não come no presente”, contestou o presidente da Comissão Especial da Previdência.
Neste fim de semana, Marcelo Ramos, esteve visitando municípios do interior do Amazonas, na Região do Baixo Amazonas, realizando audiências públicas sobre a reforma da previdência. “Podemos não estar do mesmo lado da disputa política, mas defesa de direitos não tem lado [...] não é direita, esquerda ou centro”, alegou o presidente da Comissão de Reforma da Previdência.
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