

DEAMAZÔNIA BELÉM, PA – A Procuradoria-Geral da República abriu investigação para apurar a relação do deputado federal Antônio Doido (MDB-PA) com o tenente da PM do Pará, Francisco Galhardo, que sacou R$ 48 milhões em dinheiro vivo entre os anos 2022 e 2024, sendo R$ 26 milhões só no período eleitoral.
É o que mostra relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). O dinheiro teria origem em uma empresa em nome da esposa do parlamentar.
A partir de informações da PF, a PGR afirma que o grupo liderado pelo deputado Antonio Doido “utiliza um complexo sofisticado mecanismo de lavagem de dinheiro, proveniente de desvios de recursos públicos, mediante o suposto pagamento de vantagens indevidas para servidores públicos”.
O pedido da Procuradoria Geral da República têm como base o material encontrado pela PF nos aparelhos celulares de Francisco Galhardo e dos outros dois presos ao sacar R$ 5 milhões.
Os saques ocorreram em agências do Banco do Brasil em São Miguel do Guamá e Castanhal.
Conversas encontradas no celular de Galhardo apontam que Antônio Doido ordenava pagamentos e repasses de dinheiro, como um caso em que mandou entregar R$ 380 mil a um homem chamado Geremias.
A defesa do deputado nega irregularidades e criticou o vazamento das informações.