DEAMAZÔNIA SANTARÉM, PA - Os 78 kg de ouro apreendidos pela Polícia Federal ontem (5), em São Paulo, em poder de quatro Pms, dentre os quais o tenente coronel, Ricardo Tasso, pertencem ao empresário Dirceu Frederico Sobrinho, dono a empresa FD Gold, empresa que tem filial em Itaituba, no Pará.
A informação é da Folha de São Paulo. O lote com as barras de ouro está avaliado em R$ 23 milhões.
O empresário disputou pelo PSDB a vaga de suplente do senador Flexa Ribeiro, pelo Pará, em 2018.
Os PMS estariam fazendo a escolta do ouro, armazenado em três malas, dentro de dois carros, em Sorocaba (SP).
Segundo a Folha, a empresa de Dirceu Sobrinho, a D’Gold, já tinha sido ‘alvo de operações contra a lavagem de ouro clandestino por parte da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF), em 2018, que resultaram em bloqueios judiciais de valores que, somados, ultrapassaram R$ 186 milhões.
O ex-candidato a suplente de Flexa Ribeiro é ainda o presidente da Associação Nacional do Ouro (Anoro). O garimpeiro ficou milionário explorando ouro de minas da regiao do
Segundo o site o Observatório da Mineração, em 2018, o MPF acusou a FD Gold de despejar no mercado nacional e internacional 1370 quilos de ouro ilegal, somente entre 2019 e 2020.
A FD Gold explora o ouro nas cidades de Itaituba, Jacareacanga e Novo Progresso,no sudoeste do Pará, principal centro de garipo ilegal do Brasil e palco de inúmeros conflitos com povos indígenas, em especial os Munduruku.
Dirceu Sobrinho é presença frequente em Brasília e próximo a cúpula do presidente Jair Bolsonaro.