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Bancada Feminina da Alepa apoia Projeto de qualificação de mulheres

O projeto "Empoderamento Empreendedor" pretende viabilizar um atendimento integral às mulheres vítimas de violência doméstica

Bancada Feminina da Alepa apoia Projeto de qualificação de mulheres Bancada Feminina da Alepa apoia Projeto de qualificação de mulheres (Foto: Divulgação/Assessoria AID - Comunicação Social) Notícia do dia 06/08/2019

DEAMAZÔNIA BELÉM, PA - As deputadas da Bancada Feminina da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) e o promotor Franklin Prado, do Ministério Público do Estado, receberam nesta segunda-feira (05/08) representantes de cerca de 50 instituições, ONGs e entidades ligadas à defesa da mulher.

 

A reunião foi para apresentar o projeto "Empoderamento Empreendedor" e iniciar o debate para transformar a proposta do Ministério Público em um Projeto de Lei para ser apreciado e votado pelo Poder Legislativo.

 

O projeto pretende viabilizar um atendimento integral às mulheres vítimas de violência doméstica, com atendimento psicológico, jurídico e qualificação de vítimas de violência doméstica para atividades de geração de emprego e renda, para implementação de políticas públicas em todo o Estado do Pará.

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Segundo o promotor de Justiça Franklin Prado, idealizador da proposta, "a ideia é criar uma grande rede de empoderamento, para quando a mulher vítima de violência doméstica chegar à Delegacia da Mulher (DEAM), ela possa ser atendida na área de violência doméstica, ser beneficiada com uma medida protetiva, ser encaminhada imediatamente a uma clínica para ser atendida por psicólogos e assistentes sociais, onde seria feito um teste vocacional para identificar as aptidões dessa mulher, para ela fazer cursos de qualificação e posteriormente, junto aos parceiros, conseguir uma colocação para essa mulher no mercado de trabalho", explica.

 

"Esse caminho é necessário porque não basta o promotor de justiça processar o agressor, não basta a vítima ter uma medida protetiva e depois a justiça solucionar seu problema com uma ação de divórcio e pensão para os filhos. É preciso que ela seja inserida numa atividade de empoderamento, com acompanhamento psicológico, e depois seja qualificada para ela poder exercer uma atividade de geração de trabalho e renda ou pleitear uma vaga no mercado de trabalho", avalia.

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Para isso, nesta segunda-feira (05/8) foi assinado um termo de compromisso da proposta com representantes da Federação das Indústrias, de diversas faculdades e de ONGs e entidades de apoio à mulher para viabilizar a parceria e implementar a rede de empoderamento empreendedora. "A ideia é que o projeto vá crescendo e cada vez mais parceiros se juntem à rede de empoderamento, com a perspectiva de que eles sejam beneficiados com incentivos fiscais, desonerações ou outras formas que devem ser debatidas na Alepa", detalha o promotor.

 

"Precisamos contar com o apoio da Alepa para formar uma rede de atendimento multidisciplinar e multi-institucional que vise empoderar a mulher que já tem características empreendedoras e é justamente a forma como lidera, acompanha projetos, lida com pressão e desperta resiliência naquilo que acredita", complementou Prado.

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Para a deputada Heloíza Guimarães, que integra a Bancada feminina da Alepa, "É importante começar o semestre mostrando força. Uma coisa é fazer leis, outra coisa é apoiar projetos e fazer realizar esses projetos que realmente mudam a vida das pessoas. Hoje conseguimos aliar os três poderes- Legislativo, Executivo e Judiciário", comemora a parlamentar.

 

"A bancada feminina quer fazer valer esse projeto de empoderamento para a qualificação das mulheres, para que essa proposta vire Lei, para essas mulheres que hoje não tem perspectivas de trabalho consigam se qualificar, com a possibilidade de criação de cotas nas empresas para essas mulheres vítimas de violência doméstica. Outra proposta é tentar conseguir redução tributária para as empresas parceiras nesse projeto", enumera Heloíza Guimarães.

 

A Sala dos Ex-Presidentes da Alepa ficou lotada, com a participação de mais de 50 instituições e entidades representativas dos direitos das mulheres.

 

Segundo a representante da Ordem dos Advogados do Brasil- Seção Pará, Lílian Garcia, "A OAB já participa fazendo palestras e orientação a essas mulheres sobre seus direitos, como podem adquirir a carteira trabalhista. São informações que fazem parte desse empoderamento. Mas sabemos que a grande questão das mulheres vítimas de violência passa pela necessidade financeira, a dependência delas em relação aos companheiros abusadores. Então, temos que dar a elas condições de buscar seus direitos. Estamos desenvolvendo uma plataforma para reunir todas as instituições ligadas as questões da mulher para reinserção delas no mercado de trabalho", explicou a advogada.

 

Após a assinatura do termo de compromisso do projeto, a programação foi encerrada com música, puxada pelo promotor Franklin Prado e a deputada Marinor Brito, e acompanhada em coro pelas mulheres presentes na reunião.

 

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