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Segup apresenta balanço da atuação integrada da Força Nacional no Pará

Dados apresentados pelo secretário de Segurança Pública do Pará, Ualame Machado, apontam redução da criminalidade no Estado

Segup apresenta balanço da atuação integrada da Força Nacional no Pará Força Nacional enviou agentes para o PA, para atuar no reforço da segurança. Foto: reprodução/AGÊNCIA PARÁ Notícia do dia 30/04/2019

DEAMAZÔNIA BELÉM,  PA - Os números da violência no Pará seguem reduzindo. Com o acréscimo de 200 militares da Força Nacional atuando na ostensividade, os crimes de furto, homicídio, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e roubo tiveram redução, ao comparar o período de 18 de fevereiro a 24 de março, antes da chegada da Força Nacional, e 25 de março a 28 de abril, período que a FN já estava em atuação.

 

O acréscimo ficou para as apreensões por tráfico de drogas. Os dados foram anunciados pelo secretário de Segurança Pública do Pará, Ualame Machado, durante entrevista coletiva de imprensa na Segup, nesta segunda-feira (29). A medida foi o primeiro ato de governo, com o objetivo de combater os altos índices de violência no Estado.

 

Apesar dos bairros do Benguí, Cabanagem, Guamá, Jurunas, Terra Firme, em Belém, Icuí-Guajará, em Ananindeua, e Nova União e Centro, em Marituba, terem sido elencados para receber o reforço com tropas da Força Nacional, o trabalho conjunto reflete a redução da criminalidade em toda a Região Metropolitana de Belém.

 

O trabalho é feito de forma integrada com os militares do Comando de Policiamento da Capital I, do Comando de Policiamento da Capital II e do Comando de Policiamento Regional Metropolitano, além do apoio da Polícia Civil, do Departamento de Trânsito do Estado (Detran), do Corpo de Bombeiros Militar e setores de inteligência dos órgãos da segurança pública.

 

"Já vínhamos com uma redução desde o dia 2 de janeiro e, com a chegada da Força Nacional, com um pouco mais de 30 dias da atuação dos militares nacionais, os números demostram que estamos no caminho certo e com reduções ainda mais significativas. A ocupação do território é o primeiro passo de um grande projeto da gestão estadual. Além de entrar com ostensividade e dominar o território, o Estado deve estar presente com serviços, saúde, cultura, lazer, o que já começou a ser feito", ressaltou o secretário de segurança, Ualame Machado.

 

Somando as ocorrências registradas nos bairros onde há a presença da Força Nacional, é possível notar que, os casos de furtos, no período anterior a chegada da Força Nacional, de 18 de fevereiro a 24 de março, totalizaram 724 ocorrências. No período posterior, de 25 de março a 28 de abril, 648 furtos foram contabilizados, apontando uma redução de 10%. Comparando o período de 25 de março a 28 de abril, dos anos de 2018 e 2019, observa-se um acréscimo de 10%. No ano passado, 589 ocorrências foram computadas e, neste ano, 648.

 

Em relação a homicídios, comparando o período anterior da presença da Força Nacional, de 18 de fevereiro a 24 de março, 19 mortes foram registradas. No período seguinte, de 25 de março a 28 de abril, 17 homicídios foram computados. Ao comparar o período de 25 de março a 28 de abril, dos anos de 2018 e 2019, houve uma redução de 62%, com 45 homicídios em 2018 e 17 este ano.

 

O crime de latrocínio não computou ocorrências no período anterior e posterior a chegada da FN. Ao comparar o período de 25 de março a 28 de abril dos anos de 2018 e 2019, houve uma redução de 100%. Com duas ocorrências registradas em 2018 e nenhuma neste ano.

 

A lesão corporal seguida de morte manteve-se zero no período anterior e posterior a chegada da Força Nacional. Comparando o período de 25 de março a 28 de abril dos anos de 2018 e 2019, não houve também o registro de nenhuma ocorrência.

 

Os casos de roubos, na semana anterior a vinda da Força Nacional, de 18 de fevereiro a 24 de março, totalizaram 745 ocorrências. No período seguinte, de 25 de março a 28 de abril, totalizou-se 715 crimes, resultando em uma redução de 4%. No comparativo do período de 25 de março a 28 de abril, dos anos de 2018 e 2019, a redução foi de 33%, com 1.069 casos no ano passado e 715 este ano.

 

Judiciária e criminal

 Além dos militares, as ações também são realizadas por 76 policiais pertencentes a Polícia Judiciária da Força Nacional, composta por policiais civis e peritos, que se somam ao efetivo local para o trabalho de elucidações de crimes, totalizando 276 agentes da FN no Pará.

 

Os procedimentos por tráfico de drogas teve um aumento de 141%, comparando o período de 25 de março a 28 de abril, dos anos de 2018 e 2019. No ano passado, o número de apreensões computadas foi de 22, já neste ano, 53 procedimentos foram realizados. Comparando o período anterior a chegada da FN em 2019, no período de 18 a 24 de março, 56 ocorrências foram contabilizadas. Já no período de atuação da FN, de 25 de março a 28 de abril, 53 procedimentos foram realizados, resultando em uma redução de 5%.

 

Para a coordenadora da Força Nacional na Operação Nazaré, Major Keyssiane Lima, a população pode e deve participar das reduções dos índices. "O que nós pedimos é que a comunidade possa participar, para que a gente possa avançar, por meio do 181. Com informações da Inteligência e dos moradores, a FN atuará de forma mais otimizada, em conjunto com as polícias Militar e Civil. Todos têm que ter em mente que a segurança é de todos", ressaltou

 

Planejamento 

 A tropa iniciou a chegada ao Pará no dia 22 de março. Os agentes vieram em dias alternados, deslocados de Itaituba, no sudoeste paraense; do estado de Sergipe, no nordeste brasileiro; e de Brasília, Distrito Federal. O trabalho iniciou no dia 25 de março.

 

Para nortear as ações executadas ao longo de 90 dias, período que pode ser prorrogado caso haja necessidade, a Segup e os órgãos de segurança integrados desenvolveram um plano de ação a fim de direcionar o trabalho operacional a partir de levantamentos da mancha criminal.

 

Uma vez por semana as atividades são reavaliadas para identificar se as equipes permanecem nos mesmos bairros ou se serão mobilizadas para outros. Também são reavaliados os quantitativos de agentes da Força Nacional em cada região.

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