

DEAMAZÔNIA BELÉM, PA - Os professores da rede estadual do Pará anunciaram na manhã, desta quinta-feira (16), uma greve contra o fim da modalidade presencial nas comunidades indígenas e a implantação do ensino a distância.
Assembleia geral do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp), realizada em Belém, decidiu pela paralisação geral a partir do dia 23 de janeiro.
A greve do sindicato ocorre aí apoio ao movimento indígena.
Desde terça-feira (14), mais de 100 indígenas ocupam o prédio da Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc), na capital paraense.
Os protestos se espalharam por várias regiões do Estado. Os povos originários também interditaram rodovias como a BR- 163, Santarém- Cuiabá e a BR-222 no trecho entre os municípios de Marabá e Bom Jesus do Tocantins.
As manifestações pedem a revogação da Lei nº 10.820, aprovada em dezembro de 2024 pelo governador Hélder Barbalho que, altera a dinâmica de ensino, extinguindo o Sistema Modular de Ensino (Some) e substituindo as aulas presenciais por aulas online em comunidades tradicionais, que já possuem histórico de dificuldades de acesso à internet.
Além disso, os manifestantes também pedem a saída do secretário de Educação do Pará, Rossielli Soares.