

Por Jonas Santos
DEAMAZÔNIA JURUTI, PA – Há 15 anos explorando a bauxita no Oeste do Pará e a Alcoa continua dando um tratamento para o Festival de Tribos de Juruti que a cidade não merece.
Em 2022, a mineradora ofereceu o pífio patrocínio de R$ 85 mil, montante individual para as tribos Munduruku e Muirapinima.
O Portal DeAMAZÔNIA fez uma séria de reportagens sobre o caso e apresentou o faturamento da mineradora americana.
Nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2022 a Alcoa teve um faturamento líquido de US$ 469 milhões de dólares, o que representou somente no primeiro trimestre, daquele ano, um lucro de quase R$ 2,4 bilhões.
Foi então que a Câmara de Vereadores de Juruti pressionou a empresa e a Alcoa cedeu ‘minguados’ R$ 15o mil para cada tribo.
Já em 2023, a mineradora aumentou o ‘mísero’ aporte de R$ 50 mil para cada agremiação e as tribos ficaram com R$ 200 mil.
Em março do ano passado, o governador Helder Barbalho já havia cobrado a mineradora por mais investimentos em Juruti, num evento, que diretores da empresa estavam presentes. “ Portanto, vocês [mineradora] precisam cuidar de Juruti, crescer junto com Juruti. Não dá pra Alcoa crescer sozinha e Juruti ficar pra trás”, criticou.
Ontem (16/7), para o Festribal 2024 a Alcoa anunciou a liberação de um patrocínio no valor de R$ 300 mil para a tribo Muirapinima e R$ 300 mil para a tribo Munduruku. As agremiações compartilharam fotos da reunião nas redes sociais.
Uma verba muito aquém do que uma multinacional pode oferecer como contrapartida social e cultural para Juruti, após 15 anos de exploração do minério dos paraenses. A Alcoa é uma das três maiores empresas de alumínio do mundo.
O valor de R$ 300 mil, que a Alcoa vai liberar as tribos, este ano, por exemplo, representa a mesma quantia que um boi-bumbá gasta na confecção de uma alegoria, mais modesta, no Festival de Parintins.
Este ano o Festribal de Juruti completa 30 anos.
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