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Sancionada em Belém Lei que proíbe agressores de mulheres assumir cargos públicos

Homens condenados por violência contra mulher não poderão ser nomeados, mesmo que aprovados em concurso público  

Sancionada em Belém Lei que proíbe agressores de mulheres assumir cargos públicos Vereador de Belém, Emerson Sampaio, autor da Lei contra agressores de mulheres Notícia do dia 10/08/2022

DEAMAZÔNIA BELÉM, PA - Foi sancionada em Belém a lei que veda a nomeação para cargos públicos de homens condenados pela Justiça por crimes violentos contra mulheres. A proposta é de autoria do vereador Emerson Sampaio (PP).

 

Com a Lei 9.792/20 sancionada, na sexta-feira(5/8), pelo prefeito Edmilson Rodrigues (PSol), os agressores ficam impedidos de assumir cargos em concursos públicos ou por meio de seleção para ingresso nos órgãos públicos da administração direta e indireta, autarquias e fundações da estrutura administrativa de Belém.

 

A Lei de nº 9.792/2022, de autoria do vereador de Belém, Emerson Sampaio, surge no mês que se comemora 16 anos da  Lei Maria da Penha (11.340), sancionada em 7 de agosto de 2006.

 

A titular da Coordenadoria da Mulher de Belém (Combel), Emanuelle Raiol, frisou que “a nova legislação assinala o compromisso de uma gestão que visa construir um serviço público livre de assédio e agressões, bem como não existir no município espaço para agressores de mulheres”.

 

“A Lei nº 9.792/2022 vem para acabar com um costume de agressores de mulheres que se escondem em seus cargos públicos para não serem devidamente punidos”, enfatizou. 

 

O prefeito Edmilson Rodrigues disse que a legislação é mais um instrumento para combater a violência contra a mulher na capital paraense.

 

DADOS DO PARÁ

Segundo relatório do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), apresentado à sociedade em março de 2021, em 2020 foram atendidas pela Promotoria de Justiça de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar o total de 4.712 mulheres vítimas de violência doméstica na capital paraense. 

 

Outro dado que alerta para a problemática é da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup), que registrou mais de 6.700 casos de violência no ambiente doméstico somente no primeiro semestre de 2021.

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