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Delegado da PF diz que Zequinha Marinho é financiado por grupos criminosos; senador alega calúnia

Alexandre Saraiva, ex-superintendente da PF no Amazonas e também em Roraima, acusou Zequinha e outros senadores do Norte de formarem "bancada do crime"

Delegado da PF diz que Zequinha Marinho é financiado por grupos criminosos; senador alega calúnia Alexandre Saraiva e Zequinha Marinho(Fotos: Divulgação/ PF - Agência Senado) Notícia do dia 16/06/2022

DEAMAZÔNIA BELÉM, PA - O senador Zequinha Marinho (PL-PA) foi um dos citados pelo delegado da Polícia Federal, Alexandre Saraiva, como um dos parlamentares que apoia o desmatamento ilegal da Amazônia em troca de ser “financiado por madeireiros”.

 

Em nota, o senador pelo Pará disse que 'não irá tolerar difamação, calúnia ou qualquer ataque à sua imagem'.

 

Saraiva desafiou: "me processe, senador".  

 

A declaração do delegado da PF foi dada nesta terça-feira (14), em entrevista à Globo News, quando o delegado disse que Zequinha integra, o que ele chamou de “bancada do crime”, formada por políticos da região Norte, que inclusive, atrapalham investigações sobre o desmatamento.

 

O delegado da PF citou o desaparecimento de Dom Phillips e Bruno Pereira como exemplo e disse ainda que os criminosos que atuam na Amazônia têm boa parte dos políticos da Região Norte no bolso.

 

“O que pega é quando chega à cobertura política para esses criminosos, porque eles têm boa parte dos políticos da Região Norte no bolso. Eu estou falando de governadores, senadores e de diversos estados da Amazônia”, afirmou Saraiva.

 

E seguiu: “olha o Centrão, veja de onde saíram grande parte dos parlamentares do Centrão. São financiados por esses grupos. [Os senadores] Zequinha Marinho, Telmário Mota, Mecias de Jesus, Jorginho Melo de Santa Catarina […] Carla Zambelli foi lá também, defender madeireiro junto com Ricardo Salles [ex-ministro do meio ambiente]. Nós temos uma bancada do crime. Na minha opinião, de marginais, de bandidos”.

 

VERSÃO DO SENADOR

Em nota, a assessoria do senador afirmou que “Zequinha Marinho não compactua com atos criminosos e não irá tolerar difamação, calúnia ou qualquer ataque à sua imagem, seja de quem for. O que o delegado da PF afirma é grave. Vamos buscar a Justiça como forma de combater esse crime de calúnia”, diz.

 

Em janeiro 2020, Zequinha Marinho (PSC-PA) apareceu em um vídeo xingando agentes do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) de "servidores bandidos e malandros", após operação que apreendeu cerca de 5 mil litros de combustível clandestino na Vila Mocotó, da região Assurini, entre Senador José Porfírio e Anapu, no sudoeste do Pará.

 

Zequinha é também um dos apoiadores de garimpo ilegal, em Itaituba, no Pará.

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