DEAMAZÔNIA BELÉM, PA – Monique Andrade, sobrinha da juíza Mônica de Oliveira que foi encontrada morta com um tiro no peito, afirmou nesta quarta-feira (18) que imagens de câmeras de segurança do prédio “deixam muito claro” que a magistrada cometeu suicídio.
A Divisão de Homicídios da Polícia Civil investiga o caso, que segue sob segredo de Justiça.
Peritos contestaram a versão do marido da juíza, o juiz João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior sobre o local onde ele teria encontrado o corpo da magistrada.
A juíza foi encontrada morta pelo marido nesta terça-feira (17), dentro do carro dele, no estacionamento do edifício Rio Miño, localizado na avenida Gentil Bittencourt, nº 1226, em Belém, capital do Pará.
"Chegamos a Belém para resolver o que tinha para resolver. Fomos à delegacia e acompanhamos o inquérito. Nos apresentaram todas as imagens das câmeras, são muitas câmeras, e deixa muito claro que foi suicídio. Não há dúvidas. Quaisquer pronunciamentos de pessoas que não são da família devem ser descartados. Estamos lidando com vidas e não podemos incriminar ninguém", declarou a sobrinha da juíza.
Monique, que também é advogada, confirma a versão dita pelo juiz João Augusto Figueiredo, em depoimento à Polícia, de que era dele a arma usada pela esposa para cometer suicídio.
“As imagens revelam ela [a juíza] saindo do apartamento com algumas malas. Ela caminha lentamente pelo estacionamento, até o carro. Depois se direciona para o banco do passageiro, na frente do veículo. Depois de longos minutos, ela comete suicídio. É nítido. É claro. Não há dúvida”, afirma Monique Andrade.
O juiz João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior foi acusado de alterar a cena do crime, após dirigir com o corpo da esposa, no banco de trás do veículo, até a delegacia. O magistrado também afirma que a mulher cometeu suicídio no estacionamento do prédio, com uma arma que era dele.
PERITOS CONTESTAM VERSÃO DE JUIZ SOBRE LOCAL DO CRIME
A Polícia Científica do Estado do Pará contestou a versão do juiz João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior sobre o local da morte da juíza Monica Maria Andrade Figueiredo de Oliveira. A informação é do site O Liberal.
Após diligências no local, os peritos disseram que a morte, não teria ocorrido no prédio que fica na avenida Gentil Bittencour.
Segundo O Liberal, a administração do condomínio negou que o casal morasse lá ou mesmo tivesse estado no local no dia da morte da magistrada. A administração do prédio afirma ainda que o juiz morou lá, mas havia saído há pelo menos cinco anos. Ainda segundo o condomínio, não havia nenhum registro de entrada ou saída do casal, nem como moradores e nem como visitantes.
A direção do prédio afirma ainda que nem mesmo conhece a juíza Monica Maria e nenhum funcionário ouviu o barulho de um tiro.
O endereço constava no boletim de ocorrência do caso, que segue sob investigação da Polícia Civil, a princípio, como possível suicídio.
Até a manhã de hoje (18), a Divisão de Homicídios declarou que não descarta nenhuma linha de investigação.