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Bolsonaro não nomeia Janae Gonçalves reitora da UFRA e põe 2ª colocada no cargo

Os Centros Acadêmicos da Universidade Federal Rural da Amazônia prometem dizem que não aceitam intervenção e que presidente nomeou professora alinhada ao bolsonarismo

Bolsonaro não nomeia Janae Gonçalves reitora da UFRA e põe 2ª colocada no cargo Herdjania Veras de Lima é doutora em Agronomia e ficou em segundo lugar; Janae Gonçalves, doutora em Engenharia de Produção, foi a mais votada, ficando em primeiro lugar (Fotos: Divulgação/Ufra) Notícia do dia 13/07/2021

DEAMAZÔNIA BELÉM, PA – O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nomeou a professora doutora Herdjania Veras de Lima, segunda colocada na lista tríplice, como reitora da Universidade Federal Rural do Pará (Ufra), com sede em Belém, para o quadriênio 2021-2015 e gerou revolta da comunidade acadêmica.

 

A publicação consta do Diário Oficial da União, edição desta segunda-feira, 12 de julho. A nomeação passará a valer a partir de 6 de agosto, deste ano.

 

A comunidade acadêmica, professores, entidades e até parlamentares do Estado, consideram uma “intervenção” e um ato antidemocrático, o fato do presidente não nomear a vencedora da eleição para a reitoria, no caso a professora doutora, Jane Gonçalves, eleita com 2.211 votos.

 

 A segunda colocada, nomeada por Bolsonaro teve 1.580 –, 631 votos a menos.

 

Os Centros Acadêmicos da UFRA expressaram, por meio de Nota Oficial, “total indignação ao golpe ocorrido no último dia 12 de julho de 2021 contra a reitoria da UFRA".

 

A Nota diz ainda que Bolsonaro nomeou Herdjania Lima, para o cargo de reitora da universidade pelo fato da professora ter ‘maior alinhamento político e ideológico’, com o presidente.

 

Ainda segundo a nota, "a comunidade acadêmica não aceitará interventora na cadeira da Reitoria. Exigimos respeito ao processo democrático de escolha da reitora e a nomeação da candidata eleita democraticamente pela comunidade universitária Janae Gonçalves. As entidades de base não irão se calar diante de tal afronta”.

 

Em 70 anos de existência, esta foi a primeira vez que a Ufra indicou ao presidente da República somente o nome de mulheres na lista tríplice.

 

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