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Vacinação contra H1N1 tem baixa procura entre grávidas e crianças, em Santarém

Até o momento, apenas 134 grávidas procuraram as unidades de saúde, sendo que o município tem 4,8 mil gestantes

Vacinação contra H1N1 tem baixa procura entre grávidas e crianças, em Santarém Campanha iniciou no dia 8 de outubro em Santarém (Foto: Divulgação) Notícia do dia 15/04/2019

DEAMAZÔNIA SANTARÉM, PA - "Ainda está sendo baixa a procura pela vacina entre as grávidas e crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade". A avaliação é da responsável pela imunização contra a influenza H1N1 em Santarém, Edna Gadelha, sobre esta primeira semana de vacinação nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município.

 

A Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), conseguiu antecipar em dois dias a campanha no município, iniciando a vacinação no dia 8 de abril, um pouco antes da campanha nacional, marcada para iniciar no dia 10 de abril. Nessa primeira semana, até a manhã desta segunda-feira (15), 1.656 mil pessoas do grupo prioritário já haviam sido vacinadas.

 

Fazem parte do grupo prioritário: crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade, gestantes, mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias (puérperas), pessoas com mais de 60 anos, profissionais da saúde, professores da rede pública e particular, população indígena, portadores de doenças crônicas (diabetes, asma, artrite reumatoide, etc.), indivíduos imunossuprimidos (pacientes com câncer que fazem quimioterapia e radioterapia, portadores do HIV), portadores de trissomias (síndromes de Down e de Klinefelter), pessoas privadas de liberdade e adolescentes internados em instituições socioeducativas.

 

Segundo Edna Gadelha, a procura pela vacina está sendo baixa entre grávidas e crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade. Até o momento, apenas 134 grávidas procuraram a vacina nas unidades de saúde, sendo que o município tem 4.868 gestantes a serem vacinadas. Dentre as crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade, apenas 733 foram imunizadas, em um público que chega a 33.227 crianças.

 

"Isso nos preocupa, pois esses dois grupos são os que apresentam maior risco de complicação pela doença e que são mais suscetíveis a óbitos", garante.

 

Ela explicou que no Estado vizinho, Amazonas, a maioria das mortes em virtude do H1N1 ocorreu entre pessoas desse grupo (crianças e gestantes). "A gripe H1N1 é uma doença que causa uma síndrome clínica que em algumas pessoas que tem um risco maior de ter problemas respiratórios pode ser muito grave, levando a morte. Crianças e gestantes estão nesse grupo de maior risco para as complicações ocasionadas pela doença", explica Edna Gadelha.

 

Ela disse que é preciso que as pessoas tomem consciência quanto a importância da imunização e quanto aos riscos do vírus H1N1 e que tanto as crianças menores de 6 anos quanto às grávidas, compareçam nas unidades para serem vacinadas.

 

Casos oriundos de Itaituba e Faro, registrados em Santarém
Em Santarém, foram registrados dois casos da gripe H1N1, ambos importados de municípios vizinhos e que foram tratados no Hospital Municipal de Santarém Alberto Tolentino Sotelo.

 

Um dos pacientes veio de Itaituba e o outro da cidade de Faro. O paciente de Itaituba era do sexo masculino e morreu em decorrência da doença. O outro paciente, uma mulher do município de Faro, foi tratada e recebeu alta médica. A meta no município é vacinar 93 mil pessoas do grupo prioritário, até o dia 31 de maio, quando encerra a campanha nacional.

 

O dia D da vacinação está marcado para 4 de maio. Edna informou que todas as UBS's santarenas estão abastecidas de vacina para imunizar todos que fazem parte do grupo prioritário.

 

Sobre a gripe H1N1
A gripe A, também chamada de gripe H1N1, é uma doença causada pelo vírus Influenza A (H1N1), e ficou amplamente conhecido após a pandemia de 2009.

 

Esse tipo de vírus possui genes do vírus Influenza A humano, suíno e aviário e desencadeia um quadro de gripe mais grave quando comparado com os outros tipos, necessitando, portanto, de uma prevenção eficaz.

 

Sintomas
Os principais sintomas da gripe H1N1 são febre alta, dores musculares, dores de garganta e de cabeça, prostração e tosse seca.

 

Em alguns pacientes, podem ocorrer complicações como bronquite, sinusite, pneumonia, além de problemas extrapulmonares. Por ser uma doença que pode causar a morte, é essencial conhecer as formas de se prevenir contra ela.

 

Prevenção
A vacinação é a forma mais eficiente de proteção contra a gripe. Ela é feita anualmente, pois os vírus causadores da gripe sofrem mutações.


Além da vacina, alguns cuidados podem ser tomados para se prevenir contra a doença, como lavar as mãos com frequência e evitar sair de casa se estiver doente, principalmente para locais com aglomeração de pessoas.

 

Como qualquer tipo de gripe, a transmissão ocorre, normalmente, por meio de gotículas de saliva contaminadas que ficam em suspensão no ar. Essas gotículas podem entrar em contato com outra pessoa, causando sua contaminação, ou ainda cair em superfícies que podem contaminar outros indivíduos. Diante das formas de contaminação, fica claro que a prevenção está diretamente ligada à higiene.

 

Portanto deve-se:

. Lavar sempre as mãos, principalmente após tossir e espirrar. Para lavar a mão, deve-se utilizar água e sabão ou, ainda, álcool 70%. Para utilizar o álcool, é importante não estar com as mãos visivelmente sujas;
. Utilizar lenços descartáveis;
. Deixar o ambiente sempre ventilado;
. Cobrir boca e nariz sempre que espirrar ou tossir;
. Não tocar na região dos olhos, nariz e boca sem que a mão esteja limpa;
. Não compartilhar objetos de uso pessoal, como garrafas, copos e talheres;
. Evitar contato com pessoa doente, evitando abraços, beijos e apertos de mão;
. Evitar aglomerações em épocas em que o número de casos da doença for alto.

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