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Caso de 'barriga d’água' deixa em atenção rede de Saúde, em Juruti (PA)

Sespa tenta conter risco de surto na região; Homem de 36 anos foi vítima do parasita da esquistossomose

Caso de 'barriga d’água' deixa em atenção rede de Saúde, em Juruti (PA) Cidade de Juruti, no Pará, faz divisa com Parintins, no Amazonas (Foto: Reprodução/Wikipédia) Notícia do dia 15/04/2019

DEAMAZÔNIA JURUTI, PA - Um caso suspeito de barriga d'água, que possui o nome científico de esquistossomose, chamou atenção da Secretaria Estadual de Saúde Pública no Pará (Sespa) em Juruti, oeste do Pará. Exames detectaram vestígios do parasita em um homem de 36 anos que vive na zona rural do município, em uma área que até então é desconhecida à presença do caramujo biomphalaria que é o hospedeiro intermediário da doença.

 

Novas mostras estão sendo coletadas do paciente para que sejam feitos novos testes para obter a confirmação ou não do diagnóstico. Se o caso for confirmado, a Sespa deve tomar algumas medidas, entre elas, um estudo detalhado sobre a presença do caramujo além de cuidados para que não surjam surtos.

 

O ambiente de rios somado a falta de saneamento básico contribuem para o surgimento de casos.

 

Segundo o Ministério da Saúde, a esquistossomose é uma doença causada pelo Schistosoma mansoni, parasita que tem no homem seu hospedeiro definitivo, mas que necessita de caramujos de água doce como hospedeiros intermediários para desenvolver seu ciclo evolutivo.

 

TRANSMISSÃO

A transmissão do parasita esquistossomose, da barriga d'água, se dá pela liberação de seus ovos através das fezes do homem infectado. Em contato com a água, os ovos eclodem e libertam larvas que morrem se não encontrarem os caramujos para se alojar.

 

Porém, se os encontram, dão continuidade ao ciclo e liberam novas larvas que infectam as águas e posteriormente os homens penetrando em sua pele ou mucosas. Na fase adulta, o parasita vive nos vasos sanguíneos do intestino e fígado do hospedeiro definitivo.

 

FASES DA DOENÇA

A doença tem uma fase aguda e outra crônica. Na fase aguda, pode apresentar manifestações clínicas como coceiras e dermatites, febre, falta de apetite, tosse, diarreia, enjoos, vômitos e a perda de peso.

 

Na fase crônica, a barriga d'água pode evoluir para um quadro mais grave com aumento do fígado e cirrose, aumento do baço, hemorragias provocadas por rompimento de veias do esôfago ou a chamada barriga d’água, ou seja, quando o abdômen fica dilatado e proeminente porque escapa plasma do sangue.

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